Crise hídrica é tema de seminário apoiado pelos Comitês da Bacia do Rio Doce


3 jul/2015

Durante o evento, que será realizado em Valadares, também serão abordadas questões como gestão dos recursos hídricos, saneamento básico e usos múltiplos da água

Governador Valadares recebe na próxima terça-feira, 7 de julho, o terceiro encontro regional do Seminário Águas de Minas III. O evento, que é promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com o apoio dos Comitês da Bacia Hidrográfica (CBHs) do Rio Doce, terá como tema “Os desafios da crise hídrica e construção da sustentabilidade”. Nesta edição, serão abordadas questões como gestão dos recursos hídricos, saneamento básico e usos da água na mineração, indústria, agricultura e geração de energia. Também será apresentado um panorama sobre a situação dos recursos hídricos na região, com base em diagnósticos feitos pelos Comitês e pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).

De acordo com o representante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, Iusifith Chafith, as principais demandas na região são a elaboração e execução dos planos municipais de saneamento básico; implementação de projeto para a proteção das áreas de preservação permanente; e revisão do contingenciamento dos recursos provenientes da cobrança pelo uso da água.

Para participar, o interessado deve fazer a inscrição no site (clique aqui)

Saneamento

Por se tratar do 10º manancial mais poluído do país, questões ligadas ao saneamento básico se tornaram prioridade para os Comitês que compõem a Bacia do Rio Doce. Por meio de recursos provenientes da cobrança pelo uso da água, os Comitês financiam a elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico das cidades que não possuem o documento e nem dispõem de verba para sua elaboração. Encontram-se atualmente em andamento 156 planos, que demandarão R$ 21 milhões em investimentos.

Recuperando nascentes

Após a conclusão dos planos municipais de saneamento, os comitês da Bacia do Rio Doce vão se dedicar à implementação de projetos que buscam recuperar áreas de preservação permanente e nascentes, com foco na melhoria da qualidade e quantidade de água.  Em seguida ao levantamento de áreas críticas e prioritárias, é feita a recomposição ou adensamento de matas ciliares e de topos de morro, além da caracterização e recuperação de nascentes e áreas degradadas.

Bacia do Rio Doce

A bacia possui área de drenagem de 86.715 km², dos quais 86% estão no Leste de Minas e 14% no estado do Espírito Santo. Em Minas Gerais, há seis Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos que abrangem os Rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí, Caratinga e Manhuaçu. Já a porção capixaba da Bacia do Rio Doce é formada pelos rios Guandu, Santa Maria do Doce e Pontões e Lagoas do Rio Doce.

Confira a programação do evento:

8h – Credenciamento

9h – Abertura

9h30 – Apresentação do panorama hídrico regional

             Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM)

             Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs)

10h30 – Apresentação dos agrupamentos temáticos e da dinâmica dos trabalhos

11h – Grupos de trabalho

12h – Intervalo para almoço

13h30 – Continuação dos Grupos de Trabalho

16h30 – Apresentação das propostas e dos representantes eleitos nos Grupos de Trabalho

17h – Encerramento

Local: Faculdade Pitágoras (Av. Doutor Raimundo Monteiro de Rezende, 330 – Centro – Governador Valadares)